Serenata do Adeus (Vinicius de Moraes) Ai, a lua que no céu surgiu Não é a mesma que te viu Nascer dos braços meus Cai a noite sobre o nosso amor E agora só restou do amor Uma palavra: adeus Ai, vontade de ficar Mas tendo de ir embora Ai, que amar é se ir morrendo Pela vida afora Refletir na lágrima Um momento breve De uma estrela pura Cuja luz morreu Morreu Ai, mulher

Cá Já (Caetano Veloso) Vejo que areia linda Brilhando cada grão Graças do Sol ainda Vibram pelo chão Vejo que a água deixa As cores de outra cor Volta pra si sem queixa Tudo é tanto amor Esteja cá já Pedra, vida, flor Seja cá já Esteja cá já Tempo, bicho, dor Seja cá já Doce jaca já Jandaia aqui agora Ouço que tempo imenso Dentro de cada som Música que não penso Pássaro tão bom Ouço que vento, vento Ondas, asas, capim Momento, movimento Sempre agora em mim Esteja cá já Pedra, vida, flor Seja cá já Esteja cá já Tempo, bicho, dor Seja cá já Doce jaca já Jandaia aqui agora Esteja cá já Pedra, vida, flor Seja cá já Esteja cá já Tempo, bicho, dor Seja cá já Doce jaca já Jandaia aqui agora Esteja cá já Pedra, vida, flor Seja cá já Esteja cá já Tempo, bicho, dor Seja cá já Doce jaca já Jandaia aqui agora

Aonde Você Vai? (Antonio Adolfo) Aonde você vai com tanta pressa? Com tanta pressa? Com tanta pressa? Aonde você vai com tanta luta? Com tanta luta? Com tanta luta? Eu vou, eu não sei onde eu vou Mas eu não sei onde eu vou, meu senhor Eu vou, eu não sei onde eu vou Mas eu não sei onde eu vou, meu senhor Aonde você vai com tanta impaciência? Tanta impertinência? Tanta maledicência? Aonde você vai, com tanta impaciência? Tanta impertinência? Tanta maledicência? Eu vou, eu não sei onde eu vou Mas eu não sei onde eu vou, meu senhor Eu vou, eu não sei onde eu vou Mas eu não sei onde eu vou, meu senhor Onde você vai com tanta busca? Com tanto medo? Com tanto ódio? Onde você vai com tanta busca? Com tanto medo? Com tanto ódio? Eu vou, eu não sei onde eu vou Mas eu não sei onde eu vou, meu senhor Eu vou, eu não sei onde eu vou Mas eu não sei onde eu vou, meu senhor Onde você vai com tanta ganância? Tanta arrogância? Tanta ignorância? Onde você vai com tanta ganância? Tanta arrogância? Tanta ignorância? Eu vou, eu não sei onde eu vou Mas eu não sei onde eu vou, meu senhor Eu vou, eu não sei onde eu vou Mas eu não sei onde eu vou, meu senhor Onde você vai Com lero lero Com lero lero Com lero lero Onde você vai Com esse lero lero Lero lero O lero lero Eu vou, eu não sei onde eu vou Mas eu não sei onde eu vou, meu senhor Eu vou, eu não sei onde eu vou Mas eu não sei onde eu vou, meu senhor Eu vou, eu não sei onde eu vou Mas eu não sei onde eu vou, meu senhor Mas eu não sei, eu não sei, eu não sei onde eu vou Mas eu não sei onde eu vou, meu senhor

Izaura (Herivelto Martins / Roberto Roberti) Ai, ai, ai, Izaura! Hoje eu não posso ficar Se eu cair nos seus braços Não há despertador Que me faça acordar Ai, ai, ai, Izaura! Hoje eu não posso ficar Se eu cair nos seus braços Não há despertador Que me faça acordar O trabalho é um dever Todos devem respeitar Ó, Izaura, me desculpe No domingo eu vou voltar Seu carinho é muito bom Ninguém pode contestar Mas se quiser eu fico Mas saiba vai me prejudicar Ai, ai, ai, Izaura! Hoje eu não posso ficar Se eu cair nos seus braços Não há despertador Que me faça acordar Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai

Toc (Tom Zé)

Prá Não Dizer Que Não Falei das Flôres (Caminhando) (Geraldo Vandré) Caminhando e cantando E seguindo a canção Somos todos iguais Braços dados ou não Nas escolas, nas ruas Campos, construções Caminhando e cantando E seguindo a canção Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer Pelos campos há fome Em grandes plantações Pelas ruas, marchando Indecisos cordões Ainda fazem da flor Seu mais forte refrão E acreditam nas flores Vencendo o canhão Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer Há soldados armados Armados ou não Quase todos perdidos De armas na mão Nos quartéis lhes ensinam Uma antiga lição De morrer pela pátria E viver sem razão Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer Nas escolas, nas ruas Campos, construções Somos todos soldados Armados ou não Caminhando e cantando E seguindo a canção Somos todos iguais Braços dados ou não Os amores na mente As flores no chão A certeza na frente A história na mão Caminhando e cantando E seguindo a canção Aprendendo e ensinando Uma nova lição Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer

Nebulosas (Otto) Haja o que houver Vai chegar a escuridão Enchendo em lágrimas E o tempo passando São grandes cavernas e subterrâneos Nebulosas são buracos negros Encontrados no espaço Na caverna só chega de jipe É estalactite, é estalagmite Na caverna só chega de jipe É estalactite, é estalagmite Fui conhecer com você, amor A temperatura do deserto As águas mais puras do universo E o subterrâneo Olhamos pra mesma flor E para o pássaro negro Quando eu vi flor encantada, me encantei por ela Quando eu vi flor encantada, me encantei por ela Quando eu vi flor encantada, me encantei por ela Quando eu vi flor encantada, me encantei por ela Fui conhecer com você, amor A temperatura do deserto As águas mais puras do universo E o subterrâneo Olhamos pra mesma flor E para o pássaro negro Haja o que houver Vai chegar a escuridão Enchendo em lágrimas E o tempo passando São grandes cavernas e subterrâneos Nebulosas são buracos negros

Só Eu Sei (Batatinha / João Luna) Meu desespero ninguém vê Sou diplomado em matéria de sofrer Meu desespero ninguém vê Sou diplomado em matéria de sofrer Falsa alegria, sorriso de fingimento Alguém tem culpa desse meu padecimento Sofrimento e padecer Todos lamentam Mas só eu sei responder Sofrimento e padecer Todos lamentam Mas só eu sei responder Luto por um pouco de conforto Tenho o corpo quase morto Não acerto nem pensar Mesmo com tanta agonia Ainda posso cantar Ainda posso cantar Ainda po Meu desespero ninguém vê Sou diplomado em matéria de sofrer Meu desespero ninguém vê Sou diplomado em matéria de sofrer

Agua Viva (Pedro Santos) Está tudo aí Que eu vi Está tudo aí Está tudo aí Que eu vi Eu já percebi Está tudo aí Que eu vi Está tudo aí Está tudo aí Revi e já revivi A água que deságua por aqui Dessa água, já bebi Vem do amor que eu recebi Tira sede de matar Tira sede de roubar Quem tomar, todo mal vai terminar Está tudo aí Que eu vi Está tudo aí Está tudo aí Que eu vi Eu já percebi Está tudo aí Que eu vi Está tudo aí Está tudo aí Revi e já revivi A água que deságua por aqui Dessa água, já bebi Vem do amor que eu recebi Tira sede de matar Tira sede de roubar Quem tomar, todo mal vai terminar Tira inveja, a cobiça, o rancor Tudo enfim que faz a dor Que provoca o dissabor Faz o cego enxergar Faz o surdo escutar Quem tomar, todo mal vai terminar Bruce Lee: “Empty your mind. Be formless. Shapeless. Like water. Now you put water into a cup, it becomes the cup. You put water into a bottle, it becomes the bottle. You put in a teapot, it becomes the teapot. Now water can flow or it can crash. Be water, my friend.”

Tanto Faz (Urias / Zebu / Rafael Stefanini / Rodrigo Gorky) Seu olhar Pleno em seu lugar Sempre me faz lembrar Estou tão só E a minha voz Rasga a garganta Grito sem esperança De te alcançar Você não me vê porque Parece não perceber O meu choro nu ao anoitecer Você não me vê e eu (uh) Seu silêncio faz Eu chorar demais E tanto faz Solidão Me põe no meu lugar Sempre me faz lembrar Estou tão só E nada vai fazer você me olhar Me porto louca Fico até rouca De te chamar Você não me vê porque Parece não perceber O meu choro nu ao anoitecer Você não me vê e eu (uh) Seu silêncio faz Chorar demais Tanto faz E eu uh Seu silêncio faz Eu chorar demais E tanto faz Eu te amo Chamo Chama Só me olhar Sou loba solta Doida pra te tocar

Aquebranto (Lê Almeida / João Luiz) Eu lutarei pra cantar sobre o que eu acho E tornarei a dizer olhando em olhos Pra mirar Acalentar Acalentei sobressaltos superáveis Pra emancipar antes de desencontrar Pra mirar Pra mirar

Filme de Terror (Sergio Sampaio) Hoje está passando um filme de terror Na sessão das dez, um filme de terror Tenho os olhos muito atentos E os ouvidos bem abertos Quem sair de casa agora Deixe os filhos com os vizinhos Dentro da folia, um filme de terror Dura um ano inteiro, um filme de terror E na rua, um sacrifício No pescoço, um crucifixo Quem ousar sair de casa Passe a tranca e feche o trinco No chão do cinema Império da Tijuca O cemitério do Caju Cemitério do Caju No cine Império da Tijuca No chão do cinema Império da Tijuca O cemitério do Caju Cemitério do Caju No cine Império da Tijuca O meu sangue jorra e borra de terror Com quem dança e ama agora o meu amor? Bruxas, medos e suspiros Dentes, pelos e vampiros Quem ousar deixar de lado Abra os olhos com os vizinhos No chão do cinema Império da Tijuca O cemitério do Caju Cemitério do Caju No cine Império da Tijuca No chão do cinema Império da Tijuca O cemitério do Caju Cemitério do Caju No cine Império da Tijuca No chão, no chão No chão, no chão No chão, no chão No chão, no chão No chão, no chão No chão, no chão

Meu Amigo Pedro (Raul Seixas / Paulo Coelho) Muitas vezes, Pedro, você fala Sempre a se queixar da solidão Quem te fez com ferro, fez com fogo, Pedro É pena que você não sabe não Vai pro seu trabalho todo dia Sem saber se é bom ou se é ruim Quando quer chorar vai ao banheiro Pedro, as coisas não são bem assim Toda vez que eu sinto o paraíso Ou me queimo torto no inferno Eu penso em você, meu pobre amigo Que só usa sempre o mermo terno Pedro, onde cê vai eu também vou Pedro, onde cê vai eu também vou Mas tudo acaba onde começou Tente me ensinar das tuas coisas Que a vida é séria e a guerra é dura Mas se não puder, cale essa boca, Pedro E deixa eu viver minha loucura Lembro, Pedro, aqueles velhos dias Quando os dois pensavam sobre o mundo Hoje eu te chamo de careta, Pedro E você me chama vagabundo Pedro, onde cê vai eu também vou Pedro, onde cê vai eu também vou Mas tudo acaba onde começou Todos os caminhos são iguais O que leva à glória ou à perdição Há tantos caminhos, tantas portas Mas somente um tem coração E eu não tenho nada a te dizer Mas não me critique como eu sou Cada um de nós é um universo, Pedro Onde você vai eu também vou Pedro, onde cê vai eu também vou Pedro, onde cê vai eu também vou Mas tudo acaba onde começou É que tudo acaba onde começou

Nine Out of Ten (Caetano Veloso) I walk down Portobello Road To the sound of reggae I'm alive The age of gold, yes, the age of The age of old The age of gold The age of music is past I hear them talk as I walk Yes, I hear them talk I hear they say Expect the final blast I walk down Portobello Road To the sound of reggae I'm alive I'm alive, and vivo, muito vivo Feel the sound of music Banging in my belly Belly, belly, belly, belly I know that one day I must die I'm alive Yes, I know that one day I must die I'm alive I'm alive and vivo, muito vivo In the electric cinema or on the telly Telly, telly, telly, telly Nine out of ten movie stars make me cry I'm alive Nine out of ten film stars make me cry I'm alive Nine out of ten movie stars make me cry I'm alive Nine out of ten movie stars make me cry I'm alive I walk down Portobello Road To the sound of reggae I'm alive The age of gold, yes, the age of The age of old The age of gold The age of music is past I hear them talk as I walk Yes, I hear them talk I hear they say Expect the final blast I walk down Portobello Road To the sound of reggae I'm alive Yeah, yeah, yeah, yeah Ahh, ahh Yeah, yeah, yeah Yeah, yeah, yeah, yeah Ahh, ahh Yeah, yeah, yeah I know that one day I must die I'm alive Yes, I know that one day I must die I know that one day I must die I'm alive Yes, I know that one day I must die I'm alive Yeah, yeah, yeah, yeah Ahh, ahh Yeah, yeah, yeah Yeah, yeah, yeah, yeah Ahh, ahh Yeah, yeah, yeah Yeah, yeah, yeah, yeah Ahh, ahh Yeah, yeah, yeah Yeah, yeah, yeah, yeah Ahh, ahh Yeah, yeah, yeah

Preciso Me Encontrar (Candeia) Deixe-me ir Preciso andar Vou por aí a procurar Sorrir pra não chorar Deixe-me ir Preciso andar Vou por aí a procurar Sorrir pra não chorar Quero assistir ao Sol nascer Ver as águas dos rios correr Ouvir os pássaros cantar Eu quero nascer Quero viver Deixe-me ir Preciso andar Vou por aí a procurar Sorrir pra não chorar Deixe-me ir Preciso andar Vou por aí a procurar Sorrir pra não chorar Quero assistir ao Sol nascer Ver as águas dos rios correr Ouvir os pássaros cantar Quero nascer Quero viver Deixe-me ir Preciso andar Vou por aí a procurar Sorrir pra não chorar